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É raro, muito raro mesmo, eu dar dinheiro a um pedinte. Não que eu seja a maior snob ou a maior forreta à face da terra, mas porque acho que há maneiras muito mais interessantes e criativas de se pedir dinheiro. Mais depressa dou dinheiro aos artistas de rua, como os fantásticos alunos do Hot Club, que tantas vezes estão no Chiado e que deixam qualquer um maravilhado com a sua música, ou os homens-estátua que alegram a Rua Augusta. Mas hoje não resisti. Estava no metro, quando entra uma senhora, na casa dos 60, que pede ajuda monetária a tudo o que é passageiro. A altura não é para grandes esmolas e são raras as pessoas que ajudam. Eu sou quase sempre uma dessas pessoas, mas hoje não fui. E não fui porque ao olhar para aquela senhora lembrei-me da minha avó. Lembrei-me que podia ser ela a precisar. Lembrei-me que aquela senhora já não tem idade para andar a pedir, tem idade para descansar e desfrutar a terceira idade. E por me ter lembrado disto tudo, dei-lhe uma moeda. Não foi muito é verdade, mas foi do fundo do coração.
"A good head and a good heart are always a formidable combination."
Está descoberto! Ao fim de três anos e tal de namoro, descobri a Santíssima Trindade do meu namorado, no que diz respeito a mulheres claro. Eu que não sou nada ciumenta nesta assunto, muitas vezes até sou eu a dizer-lhe "olha esta, é gira, tem umas boas mamas". E não é que o homem até tem bom gosto. Já nem tenho que me preocupar mais com o assunto, está decidida a prenda que lhe vou dar na despedida de solteiro (não está para breve, mas um dia lá terá que ser). Na despedida vai ter direito à Carolina Torres, à Joana Duarte e à Erika Mader seminuas, a dançar só para ele. Quem é amiga, quem é? O máximo que me pode acontecer é ele fugir com as três para uma ilha paradisíaca e não aparecer na igreja no dia seguinte. Mas pronto, ao menos serei trocada por três (sim, porque uma não chega para me substituir) e ainda por cima giras à brava e com um corpão daqui à lua.
Não se fala de outra coisa senão nas águas contaminadas da praia de Carcavelos. Com a grande pontaria que eu tenho, claro está que hoje fui para Carcavelos. Quando içaram a bandeira vermelha, ficou tudo sem perceber o porquê. O mar estava a puxar, tinha umas ondas, mas nada que se justificasse a bandeira vermelha. Ao fim de mais de uma hora e já meia praia a torrar com o calor, continuávamos sem perceber o porquê. Só foram precisos uns minutos de distração do nadador salvador, para eu e mais uns quantos irmos ao banho, assim como quem não quer a coisa. Quando chego à toalha já só se ouve "ai que a água está contaminada, ai que vamos morrer todos". Como boa hipocondríaca e paranoica que sou, pus-me logo a ver manchas onde elas não existiam, manchas com 22 anos, que naquele momento me pareciam acabadinhas de nascer. Os comichões também não tardaram muito a aparecer, era na perna, era no braço, era na barriga, até no rabinho eu já tinha comichão. Eu já só pensava "ai que estou desgraçada, ai o que vai ser de mim". Enfim, até ao momento ainda não me desgracei.
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