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Ontem estava eu em amena cavaqueira com a minha avó, quando ela me conta que há uns dias atrás os meus tios e a minha prima chegaram a casa e dão de caras com o gato deles, morto na estrada ao pé de casa. O mulherio largou logo num pranto "ai que nós gostamos tanto do Pantera", "ai o que vai ser da nossa vida sem o Pantera", "ai que tens que ir enterrar o Pantera, que ele coitadinho está aqui à chuva". Ora o meu tio, que já estava a ver a vida dele a andar para trás, coloca o Pantera num sitío resguardado e informa que enterra o gato quando parar de chover a potes. O mulherio não gostou da notícia, mas lá tiveram que se contentar. Nisto estão todos em casa quando o meu tio começa a pensar no coitado do gato lá fora à chuva e vai daí mete mãos à obra e vai enterrar o Pantera. Feito o funeral ao gato, volta para casa com a sensação de dever cumprido. Ao fim de algumas horas qual não é o espanto deles quando começam a ouvir um gato a miar. Começa tudo aos gritos de felicidade a dizer que afinal o Pantera estava vivo. Eu confesso que nesta parte da história soltei um grito de espanto "O QUÊ? O Pantera ressuscitou e saiu do buraco?". Pois claro que não, que isto não é nenhum filme do Tarantino. O Pantera sempre esteve vivo, o coitado do "Pantera" a quem fizeram o funeral não era o Pantera. Era um gato de rua, que por lá andava e a quem lhe deu o badagaio. "Sorte" a dele que assim teve direito a um funeral abençoado.
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