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Isto hoje não foi fácil. Nada fácil mesmo. Eram quatro da manhã quando acordei cheia de pesadelos. Como sou uma verdadeira maricas fui acordar a minha mãe para vir dormir comigo, porque já estava mesmo a ver que sem ela não ia pregar olho a noite inteira. Eu bem sei que já tenho idade suficiente para não chamar a mãe, o pai, o namorado, o vizinho, ou o periquito a meio da noite, mas eu avisei-vos que era uma maricas de todo o tamanho. Lá consegui recuperar o meu sono de beleza e dormir descansadinha da vida o resto da noite. Quem tem uma mãe tem tudo. Principalmente quem tem uma mãe daquelas que tanto pode ser acordada às quatro da manhã como ao meio-dia que não refila nem um bocadinho. Mas isto foi só o início de um daqueles dias mesmo bons. De manhã enquanto me arranjava, com um olho meio aberto e outro meio fechado, vesti as cuecas ao contrário e não contente com isso ainda consegui vestir as calças ao contrário. Pimba, dois em um. Cheguei ao elavador do escritório e percebi que me tinha esquecido da lancheira. Ora bolas, que ainda nem sequer tinha comido nada a não ser um pacote de leite e logo eu que sou uma pessoa de alimento. A meio da manhã ainda houve tempo para me dar uma dor de barriga daquelas que me obrigou a estar uns bons quinze minutos na casa de banho, o que para quem trabalha num escritório relativamente pequeno é horrível. Quando saímos da casa de banho parece que está tudo a olhar para nós com um ar reprovador. Quase a terminar a manhã precisei de fazer uma chamada e surpresa das surpresas, esqueci-me do telemóvel da empresa em casa. Calei-me caladinha a ver se nenhum dos chefes se lembrava de me pedir o telemóvel. Durante a tarde ainda me engasguei valentemente quando engoli uma pastilha e percebi que nem o raio da garrafa de água tinha enfiado para dentro da mala. Ahhh que maravilha de dia. Venham mais assim, que é o que se quer.
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